Introdução

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Este I-kit foi desenvolvido com o objectivo de ajudar os gestores de programas e partes interessadas na comunicação para mudanças sociais e comportamentais (SBCC) na área de malária, na sua abordagem para preencher as lacunas identificadas e melhorar estratégias e intervenções de SBCC nesta área.

Devido ao aumento de intervenções efectivas, a incidência global da malária reduziu em 37% e a mortalidade global por malária em 60% entre 2000 e 2015. Apenas entre 2009 e 2012, 94 mil novos nascimentos foram salvos através de intervenções de Malária na gravidez.

Em Moçambique, a malária constitui um dos principais problemas de saúde pública. Tal deve-se a factores socioeconómicos (pobreza, meios de prevenção inacessíveis), climáticos e ambientais (temperaturas e padrão de precipitação) que favorecem a sua transmissão ao longo de todo o ano, atingindo o seu ponto mais alto após a época chuvosa (Dezembro a Abril). O Plasmodium falciparum é o parasita mais frequente, sendo responsável por cerca de 90 porcento de todas infecções maláricas, enquanto o Plasmodium malariae e o Plasmodium ovale são responsáveis por 9 porcento e 1 porcento de todas as infecções, respectivamente (IMASIDA 2015, PNCM 2012-16).

O peso da doença é enorme, cerca de 45 % de todas os casos observados nas consultas externas e aproximadamente 56% de internamentos nas enfermarias de pediatria são devidos à malária (PNCM, 2012-16).

Em 2015, apenas 22 porcento de mulheres de 15-49 anos com um nado vivo nos dois anos anteriores à entrevista receberam três ou mais doses de SP/Fansidar durante a gravidez do último nado vivo – 19 % nas zonas rurais e 33% nas zonas urbanas (IMASIDA 2015).

A percentagem de crianças com menos de cinco anos de idade com febre, para as quais foi procurado aconselhamento ou tratamento numa unidade sanitária, é de 63 porcento. A percentagem é de 75 porcento entre as crianças de mulheres residentes nas áreas urbanas e 60 porcento entre as crianças de mulheres residentes nas áreas rurais (IMASIDA 2015).

A febre é o principal sintoma da malária nas crianças com menos de cinco anos de idade, embora esta possa ocorrer na presença de outras infecções.

No geral, a prevalência da malária entre as crianças dos 6 aos 59 meses encontrada no IMASIDA 2015 é de 40 porcento. A prevalência da malária nas áreas rurais (47 porcento) é mais do que o dobro da prevalência encontrada nas áreas urbanas (19 porcento), com uma diferença de 28 pontos percentuais.

Actualmente te, a capacidade de diagnóstico laboratorial da malária por meio de microscopia óptica, continua restrita a um número reduzido de US sendo que das 1277 US no país, apenas 298 (23.3%) tem laboratório com microscopia óptica. Uma outra limitação é a insuficiência de técnicos e agentes de laboratório para sati sfazer a proc ura dos serviços. Uma  complicação adicional é a falta de um sistema de controlo de qualidade que aumenta a falta de confiança por parte do pessoal clínico em relação aos resultados laboratoriais.

A orientação da Organização Mundial de Saúde é que o tratamento seja feito na base de diagnóstico confirmado, no entanto recomenda-se que, em regiões de alto risco de malária onde os recursos são limitados, o diagnóstico clínico se baseie na história de febre nas últimas 24 horas. O atraso no início do tratamento de crianças pode ter consequências fatais, particularmente nos casos de infecção severa e, por esta razão, recomenda-se que, em caso de febre, o tratamento comece dentro das 24 horas do início da febre (MISAU/PNCM, 2011).

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