Qualquer programa deve estabelecer os seus mecanismos de Monitoria e Avaliação, de tal forma que seja possível fazer o acompanhamento das actividades e se possa colher informações que possam servir de base para o desenho de futuros programas de intervenção. Para o efeito, podem servir de apoio questionários, fichas, inquéritos, entre outros.
Principais indicadores de M&E
- Percentagem de pessoas que possuem as redes mosquiteiras e/ou as suas casas foram pulverizadas contra a malária;
- Percentagem de pessoas que dormem debaixo das redes mosquiteiras tratadas com insecticidas de longa duração e/ou em casas com paredes interiores pulverizadas contra a malária;
- Morbi-mortalidade infantil por malária;
- Morbi-mortalidade por malária numa comunidades;
- Percentagem de pessoas que procuram serviços de saúde quando tem sintomas de malária;
- Percentagem de casos confirmados de malária tratados dentro de 24 horas
Moçambique é um país de alta transmissão da malária, entretanto não existe um mapa actualizado com dados estratificados da doença, sendo que o último mapa existente foi desenvolvido em 2000 e desde então várias intervenções foram realizadas. As fontes de dados de rotina do PNCM são o SIS e o BES. O SIS colhe toda informação das US do SNS, enquanto o BES, é o sistema de vigilância das 10 doenças de notificação obrigatória incluindo a malária. Os dois sistemas constituem um instrumento importante, quer para medir o impacto das intervenções de controlo da malária quer para os processos de planificação e de alocação de fundos (PNCM, 2012-16).
O plano de M&A descreve ainda o papel importante de pesquisas em malária, sendo que os principais estudos realizados foram IDS, MICs e IIM. Estes são inquéritos de base populacional e podem colher dados para vários indicadores incluindo hemoglobina, parasitemia, REMILDs, TIP, manejo de caso, etc.