Populações prioritárias
A OMS estabelece como população vulnerável aquela que tem oportunidades desiguais, sujeita a factores sociais, culturais, económicos, políticos que lhe colocam mais susceptível de se infectar ou de desenvolver o SIDA. O PEN IV distingue dois subgrupos de populações vulneráveis, com base nas diferentes abordagens estratégicas de que necessitam: (1) vulneráveis por apresentarem alta taxa de incidência de HIV; e (2) vulneráveis por apresentar limitado acesso aos serviços de mitigação.
Pela alta incidência:
- Mulheres jovens entre os 15-24 anos – apresentam maior vulnerabilidade biológica, comportamental, socioeconómica e cultural;
- Trabalhadores móveis e migrantes – As populações migrantes são consideradas propensas a comportamentos sexuais de risco (19%) e tendem a ter maior prevalência de HIV do que as populações não migrantes (20,21 %);
- Casais serodiscordantes – 25,6% das novas infecções ocorrem entre pessoas em relações estáveis.
Pelo limitado acesso aos serviços de mitigação disponíveis:
- Pessoas vivendo com HIV/SIDA
- Raparigas entre os 10-14 anos
- Crianças órfãs e vulneráveis da/na rua
- Pessoas com deficiência
Populações chave
- Mulher trabalhadora de sexo (contribuem em 30,6% das novas infecções em Moçambique);
- Homens que fazem sexo com homens;
- Pessoas que usam drogas injectáveis (50,2% são seropositivos)
- Reclusos
Mensagem chave
Para todos os grupos populacionais beneficiários de intervenções de SBCC para a área do HIV/SIDA, deve-se ter como mensagens chave, entre outras, as seguintes:
- Saber que tanto o uso do preservativo como a limitação do número de parceiros sexuais a um parceiro não infectado e sem outros parceiros sexuais pode reduzir o risco de infecção;
- Saber que uma pessoa aparentemente saudável pode estar infectada pelo HIV;
- Ter a capacidade de rejeitar duas concepções erradas mais comuns de que o HIV pode ser transmitido pela picada de mosquitos e que se pode contrair o HIV partilhando alimentos com uma pessoa infectada;